A guerra que ninguém vê.


A morte do pequeno Aylan comoveu o mundo (imagem: internet)


É torturante, massacrante e odioso ver a imagem do pequeno Aylan, menino refugiado sírio de três anos cujo afogamento causou consternação ao redor do mundo, ele morreu afogado fisicamente, porém juntos com ele se afogou também o sonho de liberdade de uma guerra que ele não começou, de uma guerra que não era dele e que ele não lutava. Se afogou as esperanças de seus pais de viver em paz com sua família, pois também morreu a mãe e a irmã do garoto. Sua família era de Kobane, a cidade que ganhou notoriedade por ter sido palco de violentas batalhas entre militantes extremistas muçulmanos e forças curdas no início do ano, a guerra civil na Síria se dar pelo fato seguinte: Uma parte do povo sírio quer a saída de Bashar Al-Assad, um ditador que comanda o país desde 2000, ou seja, há mais de 15 anos. Ele recebeu o cargo de seu pai, que ficou no poder por mais de 30 anos. Isso aconteceu por causa da chamada Primavera Árabe, que começou no final de 2010, quando o ditador da Tunísia foi derrubado e incentivou vários outros países a fazer o mesmo, porém vitimando e ceifando a vida de milhares de inocentes.

Hoje o país vive em desgraça, isso tudo graças à omissão de muitas potências que apenas pensam no lado da economia e não se preocupa com vidas, enquanto os EUA são simpáticos aos rebeldes (os que querem derrubar o Assad, o ditador) e a China e a Rússia ao atual governo, enquanto esses países assistem quem ganha a guerra, mais Aylan’s terão suas vidas e de suas famílias destruídas, com fins trágicos por omissão inclusive da ONU (organização das nações unidas) que de unida não parece ter nada, a não ser quando agem por interesse próprio.

Enquanto noticiários mundo afora apenas mostram a ponta do iceberg, diariamente morrem várias crianças, jovens e adultos nessa guerra maldita, quem não tem sua vida ceifada, muita das vezes perde um membro do corpo com tantas bombas, tiroteios e confrontos que não cessam. As grandes feridas dessa guerra que muitas dessas crianças ainda assistem, irão ficar para sempre em seus pequeninos corações inocentes e puros. Respeitando a criança e o coração de muitos pais nesse mundo afora, deixo esta imagem para reflexão e pedir oração por aquele país.



Bruno Sarmento é manacapuruense, 27 anos, pai da Bruna Mariah, filho de José e Yolanda, acadêmico do curso de Ciências Contábeis, do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI, funcionário público, foi comunicador social na obra do gasoduto Coari/Manaus, nas horas vagas é desportista.